Este blog é destinado a pessoas que se interessem pelo assunto da maternidade/paternidade.

Abordaremos assuntos tais como reprodução assistida, adoção, fé, educação, sentimentos, gravidez, curiosidades e muito mais....

Aceitam-se sugestões, idéias e comentários em geral.

Essa frase Quando anseio por um filho é o título do livreto escrito para compartilhar a experiência diante do desejo em ter filhos x a infertilidade.
Temos exemplares à disposição. Entre em contato através do email: sandrade.psiseguros@gmail.com

BREVE HISTÓRICO
Fiz 3 Fertilizações in vitro (FIV), 1 ICSI (outro tipo de tratamento) e 5 inseminações intrauterina, com dois hiperestímulos. Enfrentei dois abortos: espontâneo e gravidez anembrionada. Casada há mais de 10 anos, sem método anticonceptivo, preparando-me para mais uma inseminação, descobri-me grávida de 4 meses. Hoje meu segundo milagre está com quase 2 anos. O primeiro milagre, filho afetivo, tem 8 anos.


terça-feira, 8 de setembro de 2009

Fui entrevistada pelo Estadão (SP) - publicação em 06/09/2009

Reprodução assistida avança no País, mas normas são de 1992
Com a proliferação de clínicas, técnicas experimentais e antiéticas acabam
sendo vendidas como produtos

Eduardo Nunomura

A psicóloga Sandra Andrade de Castro é uma "fivada". Como milhares de
brasileiras, desejava mais que tudo ser mãe e, para isso, recorreu à
fertilização in vitro (FIV). Entrou para o clube de "fivadas", palavra
desconhecida da população, mas que para elas representa a vida, um filho ou
só o sonho de ter um. Cada vez mais casais decidem engravidar com a
medicina. Um projeto de vida que busca a alegria, mas é pontuado por dor,
sofrimentos físicos e emocionais, dias infindáveis e frustrações contadas em
tentativas.

Sandra fez três FIVs, todas fracassadas. Tentou outros dois métodos de
concepção artificial, teve dois abortos e pensou em desistir. Hoje, aos 40
anos, é mãe de Natan, de 8, e de Saulo, de 2. O primeiro veio por adoção. O
segundo, pela simples ação da natureza, sem nenhuma intervenção de
laboratório. "Abri todas as portas porque não sabia por qual delas Deus
mandaria nosso filho", lembra Sandra, recontando sua história.

Esta começou em 1996, quando aos 27 anos e um de casada, não conseguia
engravidar. Embora jovem, foi encaminhada a uma clínica de reprodução
assistida. Ela tinha a síndrome de ovários policísticos, com menstruações
irregulares, e seu marido, o advogado Marcelo Soares de Castro, acusava
baixa quantidade de espermatozoides. Sua primeira tentativa de engravidar
artificialmente foi por meio da fertilização in vitro. O método consiste em
retirar óvulos da mulher e deixá-los em contato com os espermatozoides do
homem. Se houver a fusão, o embrião é formado e introduzido no útero.

Foram três tentativas sem êxito para a psicóloga. Em duas delas teve
hiperestimulação dos ovários, sua barriga inchou com a água e foi internada
com risco de morte.

Depois de gastar muito dinheiro, Sandra recorreu ao serviço público em Belo
Horizonte (MG) para continuar o tratamento. Submeteu-se a uma ICSI, a
injeção intracitoplasmática de espermatozoide. É também uma FIV, mas com a
diferença de que um profissional introduz, com o uso de um microscópio, o
espermatozoide dentro do óvulo. Só deve ser indicado em casos graves de
infertilidade masculina (mais informações nesta pág.). Muitos casais por
desinformação, pressa em engravidar ou má prática médica aceitam pular etapa
na busca da reprodução assistida bem-sucedida. Partem para métodos complexos
e caros antes de esgotar os mais simples.

EXPLOSÃO DE CLÍNICAS

"A grande questão em reprodução assistida não é ter a tecnologia, mas se e
quando ela deve ser usada e quais suas implicações para gerações futuras",
critica Jorge Hallak, chefe do setor de Andrologia da Faculdade de Medicina
da Universidade de São Paulo (USP). Hallak cita que muitas vezes antes de
partir para a ICSI, uma reversão de vasectomia ou o tratamento da varicocele
(varizes no testículo) já resolveriam o caso, se o problema estiver no
homem. Seis de cada dez pacientes de Hallak engravidaram sem recorrer aos
métodos mais caros.

As sociedades brasileiras de Reprodução Assistida (SBRA) e de Reprodução
Humana (SBRH) têm constatado a explosão de clínicas. Em menos de cinco anos,
dobraram. Hoje, são cerca de 200. Alguns hospitais públicos também passaram
a atender. Mas neles as filas são imensas. Em Brasília, são 4 mil mulheres.
Em Goiânia, mais de 200. A estimativa nacional é de 90 mil casos por ano à
espera de um tratamento, mas as redes pública e particular têm capacidade
para atender 20 mil.

Há uma década, quando o bebê de proveta já era uma realidade mundial, as
técnicas tinham uma taxa de fertilização em torno de 30%. Hoje, com a ICSI,
a chance de engravidar é de 50%. Sem tratamento, um casal que adota métodos
naturais tem 20% de probabilidade mensal de gerar um filho. Com índices tão
positivos, procura elevada e um número maior de mulheres adiando a
maternidade, as clínicas particulares proliferaram.

Como os planos de saúde não cobrem a reprodução assistida, mas pagam os
exames, a lei do mercado entra em jogo. Os preços de um tratamento FIV
começam em R$ 8 mil para mulheres abaixo de 40 anos e superam os R$ 20 mil
para as mais velhas. Um método como a inseminação intrauterina não passa de
R$ 2 mil. "Quando se queimam etapas, deixa de ser ciência e vira
mercantilismo", diz o presidente da SBRH, Waldemar Naves do Amaral.

RESOLUÇÃO DE 17 ANOS

A inexistência de uma lei da reprodução assistida criou um vácuo sobre o que
é permitido. Serve de norte aos profissionais uma resolução de 1992 do
Conselho Federal de Medicina (CFM). Ela proíbe a escolha de sexo da criança
(sexagem) se não houver indicação para evitar transmissão de doenças, limita
a quatro embriões a ser introduzidos por tentativa e não permite que
doadores de óvulos ou espermatozoides conheçam quem serão os receptores e
vice-versa, nem permite cobrar por esse ato.

Em outras situações, decorrentes de descobertas médicas surgidas depois de
1992, a resolução não diz nada. É o caso da transferência de citoplasma, da
maturação de óvulos e espermatozoides. São técnicas ainda experimentais, mas
que chegam a ser vendidas por clínicas como realidade. "É um risco oferecer
técnicas sem ter validação científica", diz Adelino Amaral da Silva,
presidente da SBRA. A entidade e outras relacionadas, como a de
ginecologistas e obstetras, enviaram na semana passada um ofício ao CFM
pedindo a revisão da resolução. "A normativa (de 1992) é ótima, panorâmica,
mas quando a técnica avança rápido, ela precisa ser revisada
periodicamente", afirma Naves do Amaral.

No Congresso, há projetos de lei de reprodução assistida que nunca são
votados. Mas para as entidades médicas esse pode não ser um problema. As
leis em discussão são restritivas e engessariam a prática. A não-existência
de uma lei, por outro lado, criou um indesejável rótulo para o Brasil, o de
rota do turismo reprodutivo. Estrangeiros chegam decididos em ter filhos e
escolhendo se serão meninos ou meninas. Sabem também que algumas clínicas
brasileiras aumentam a chance de gravidez com a técnica da transferência de
citoplasma. Considerada antiética, ela introduz no óvulo da futura mãe um
pedaço do óvulo de uma mulher mais jovem. A criança nascerá com a herança
genética do pai, da mãe e de uma terceira pessoa.

PARAÍSO REPRODUTIVO

O turismo reprodutivo é relacionado diretamente com a legislação local.
Alemanha e Itália são considerados mais restritivos. Espanha e França têm
mais tolerância. E os Estados Unidos são tidos como liberais. Muitos países
acabaram limitando o número de implantes de embriões para evitar filhos
múltiplos numa gestação. No Brasil, clínicas têm reduzido para 2 ou 3
embriões por vez.

"Existe muito marketing, envolve muito dinheiro e colegas têm acenado com
facilidades sem explicitar que se tratam de procedimentos com limitações",
alerta o chefe do setor de Reprodução Humana do Hospital das Clínicas da USP
Ribeirão Preto, Rui Alberto Ferriani. Cada caso deve ser tratado
individualmente e há um protocolo a ser seguido. "O fato é que as técnicas
têm ajudado um grande número de casais e nossa obrigação médica é explicar
aos casais os benefícios e os riscos desse tratamento."

A psicóloga Sandra desconhecia os efeitos colaterais que poderia enfrentar
quando pisou pela primeira vez numa clínica. Ela não foi bem informada dos
riscos que correria. De uma segunda clínica, Sandra e o marido saíram
horrorizados. O casal recebeu propostas de pacotes que incluiriam três
tentativas e valores diferenciados até o sucesso de uma gravidez. "Me senti
como uma mercadoria, como se o desejo de ser mãe fosse um leilão."

Em redes sociais da internet, há relatos de inúmeros casos de sucesso e
fracasso. Sandra depositou o seu em uma delas e, fora da rede, decidiu
escrever o livro Quando Anseio por um Filho. Embora seja uma psicóloga que
prega aos pacientes o equilíbrio, ela sentiu o mundo estremecer depois das
experiências ruins. Prefere agradecer por Natan (que considera presente
divino) e Saulo (implorado em orações), assim como espera que as técnicas
que não lhe foram úteis tragam os filhos dos outros milhares de casais.

sábado, 31 de janeiro de 2009

Texto de Cláudia

Colo de mãe
- Cacau, quéio cóinho!, diz minha sobrinha Sofia, 2 anos

- Ahhhh??? O que você quer Sofia?, digo eu distraída, de mãos dadas com a pequena e olhando vitrine no shopping

- Cóinho, Cacau. Me dá cóinho!

Ia fazer novamente a pergunta, quando a fofura abriu os braços e veio para o meu colo, meu cóinho. Com a boca toda suja de M&M.

Mais uma vez, senti que a maternidade não é o ato de gestar e parir. A maternidade é muito mais que isso. Sinto-me mãe da Sofia, da Catherine, das minhas amigas, da minha mãe, da minha irmã, da minha tia...Estava pensando sobre isso quando recebi um lindo texto de uma amiga, a Patrícia Bono, em que ela diz que a maternidade não está presa nos limites do corpo que, berço esplêndido, carrega e faz nascer, mas está calcada no coração e através dele.

E é por isso que existem três tipos de mãe: a que gesta e pari; a que ama; e a que gesta, ama e pari. Neste sentido, temos que uma mulher não se torna mãe ao ver o seu rebento. Ela já nasce mãe. E por isso é maravilhosa desde sempre. Não existe um dia e hora no calendário para que se transponha a ponte, para que se faça o rito de passagem.

O amor de mãe existe no de dentro da mulher que, mais cedo ou mais tarde, desabrocha. Algumas mulheres desabrocham com a gravidez. Outras com o parto. Algumas seguem pela vida sendo promessas. E há as mulheres que amam. Já nasceram em flor. E amam a cada um que quiser ser um filho seu. A maternidade não é um evento. É um sentimento que não se contém, que transborda, que ilumina.

Colo de mãe é para onde se corre quando está escuro. É para onde se corre, certeiro, quando os problemas aparecem. Os verdadeiros. Os inexistentes. Os imaginários. E se esse colo não existe, onde se pode alcançar proteção? Aconchego? Amor? Talvez seja por isso que vemos pelas ruas mulheres com filhos, mas também temos a oportunidade de ver mães. Eu exercito minha maternidade todos os dias.

Acolho a todos que desejam ser meus filhos. E filho não tem idade. Nem quantidade. Nunca vai ter. E essa minha maternidade me ensina a cada dia. E a cada dia eu me sinto melhor por ter a certeza de ter tocado o coração de alguém. Aprender a respeitar as escolhas do meu semelhante me faz melhor. Entender as dificuldades de cada pessoa, tentando não julgar, me faz me sentir melhor. Demonstrar minhas dificuldades me faz mais tranqüila. Somos todos o reflexo do que damos ao mundo.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Fatores emocionais que podem interferir na resposta da gravidez

A psicóloga Luciana Leis escreveu um artigo sobre as questões emocionais que podem estar envolvidas nas tentativas frustradas de gravidez. É fundamental que, ao mesmo tempo que procuramos as razões físicas da infertilidade, a gente também abra espaços para ouvir o que o nosso inconsciente tem a dizer.

Na maioria das vezes, quando um casal busca a gravidez e esta não se dá de forma espontânea, cogitam-se, quase automaticamente, os tratamentos de reprodução assistida (coito programado, inseminação artificial, FIV etc.). Nota-se que há uma procura incessante por fatores físicos causadores deste problema, porém, esquecem-se de fatores emocionais que também podem interferir neste processo, uma vez que o homem não é formado de um corpo dissociado da mente. Na prática clínica, percebo que existem muitos fatores psicológicos que, associados ou não a fatores físicos disfuncionais, podem influenciar na resposta de gravidez. Dentre outros, os que se evidenciam com mais freqüência são:

· Ambigüidade frente à maternidade: Muitas mulheres acreditam que, por alcançarem certa idade, devem iniciar a busca pelo filho; entretanto, algumas ainda não se sentem preparadas para isso. Às vezes têm a maternidade tão idealizada que fica difícil atingi-la, pois nunca se sentem suficientemente boas para exercê-la. Há também casos em que medo de mudanças na imagem corporal, medo do parto e receio de ter uma criança com problemas podem interferir negativamente neste processo.

· Ambigüidade frente à paternidade: Assim como as mulheres, os homens também podem apresentar dificuldades em assumir uma criança, seja por questões relacionadas à idealização desse papel ou, até mesmo, por receio de não conseguir sustentar uma família (função social que ainda nos dias de hoje lhe é atribuída).

· Dificuldade em assumir o papel de mãe: Há mulheres que buscam a maternidade, mas ainda são bastante dependentes dos pais, havendo certa dificuldade de saírem do papel de “filhas” para assumirem o de mãe.

· Falta de espaço para a criança: Existem pessoas que decidem engravidar, porém, não estão dispostas a abrir mão de nenhuma atividade que realizam (que em alguns casos são muitas) para incluir a possível criança em suas vidas, tornando quase impraticável a chegada do bebê. Em alguns casos nota-se que existe também a falta de espaço emocional para incluir um terceiro na relação do casal, a qual, nessas situações, mostra-se bastante simbiótica, existindo uma possível fantasia de “separação” com a chegada da criança.

· Rivalidade com terceiros: Há mulheres que passam a desejar um filho justamente no momento em que a irmã, a cunhada ou outra pessoa próxima engravida, sem nunca terem sentido tal desejo até então. Nesses casos, há de se pensar o quanto realmente esse desejo foi despertado em função da proximidade emocional com essa pessoa ou se há algum sentimento de disputa em relação a ela.

· Desencontro de desejo do casal quanto ao momento de ter um filho: É possível que um dos parceiros ainda não esteja certo de que aquele seja o melhor momento para assumir uma criança. Na maioria das vezes, essa situação gera ressentimento no outro cônjuge, que acredita que ambos precisam estar alinhados quanto ao desejo de ter um filho. Essa é uma questão bastante complexa, pois o desejo de maternidade ou paternidade pode surgir em diferentes momentos para as pessoas e isso não significa falta de amor ou de sintonia entre o casal.

· Relações disfuncionais: Alguns casais decidem ter um filho justamente no momento em que o relacionamento não vai bem, na esperança de encontrarem um ponto em comum que os motive a continuarem juntos. Nesses casos, é preciso considerar que a fecundação pode ser mais difícil sem o verdadeiro encontro do casal e, se a criança nascer, as conseqüências desse evento podem não ser positivas ou planejadas.

Esses são apenas alguns dos fatores emocionais que podem estar por trás da dificuldade de gravidez. Deste modo, é importante destacar que cada pessoa tem uma história individual que deve ser considerada, para serem, assim, identificados os conteúdos emocionais existentes, passíveis de serem trabalhados para se ajudar na resposta de gravidez e na diminuição da ansiedade.

A psicoterapia é um recurso muito valioso nesse processo, uma vez que seu objetivo, nos casos de infertilidade, é o de trabalhar em parceria com o médico (o qual cuidará da parte física), visando maior integração corpo-mente e uma postura de enfrentamento saudável frente às tentativas de gravidez.

Luciana Leis- e-mail: luciana_leis@hotmail.com

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Comentário de leitora

Ola adorei o seu livro,chorei muito.
Como foi dificil pra voce,mas como Deus nao falha na nossa vida,ele sempre
te um proposito pra nos,as vezes e a gente que nao consegue esperar.
Se fosse por mim,eu tambem adotaria,mas infelizmente meu marido e contra,mas quem sabe um dia Deus nao toca em seu coraçao.
Voce escreveu so este livro?
Voce tem tambem um filho ou(a) sem ser afetivo?
Eu te dou os parabens,voce foi muito guereirra,mulher de fibra,voce me deu muita esperança,vou divulgar este livro pra outras pessoas que estao desmotivada.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

O que é estar grávida?

Achei o texto abaixo interessante e resolvi divulga-lo.
Para os mais assustadinhos, não estou grávida de novo, viu.


Autora desconhecida (mas que fala muitas verdades, hehe)

Estar grávida é:
... ler 50 vezes o resultado positivo do exame para ter certeza que está correto.
... ficar chocada ao saber que uma gestação dura 40 semanas e não 9 meses como todo mundo diz por aí.
...se pegar imaginando, por horas a fio, como serão os olhos, os cabelos e a pele do filho que vai chegar.
... torcer,e muuuiiittoo, para que ele nasça perfeitinho.
... nunca mais dizer "ai, se fosse meu filho!"quando encontrar uma criança tendo acessos de birra no corredor.
... sair na rua e só enxergar mulheres grávidas.
... ter sono, muito sono.
... esperar ansiosamente pelo dia do ultra-som, assim que sair de lá esperar ansiosamente pela próxima.
... ler muito sobre gravidez, pular o capítulo do parto e ir direto para os cuidados com o bebê.
... ir ao shopping e desejar apenas coisinhas para o filho.
... torcer para ficar barriguda.
... acordar várias vezes de madrugada para fazer xixi.
... reparar que seu marido fica muito mais interessante como pai do seu filho e perceber que foi o único homem (para nos não...rs) capaz de te presentear com tamanha alegria.
... rir sozinha ao sentir o bebê mexer, mesmo que ele te acorde várias vezes durante a noite, porque você não está numa posição confortável para ele.
... acreditar num mundo melhor!
... é conhecer o verdadeiro significado das palavras FELICIDADE e AMOR !!!

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Participe...

Outro dia vi numa comunidade um tópico sobre as frases que mais chatearam as pessoas que desejam filhos e necessitam de tratamento de reprodução assistida.

Por isso, eu peço, vamos escrever quais as frases mais absurdas que vc já ouviu quando ao seu desejo em ter filhos ou sobre o tratamento?
Ou se vc falou algo e depois se arrependeu, também vale (haha).

"... vc engravidou porque vc adotou..." (essa foi a pior que EU ouvi)
"... vc devia era adotar logo..."
"... com esse peso, até parecem uns ratinhos..." (se referindo a bebês prematuros)
"... isso é tratamento pra vaca reprodutora..."

... qual mais?

Participem

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Texto lido no batizado (lógico que com muito choro)

AGRADECIMENTOS A DEUS.
Hoje é um momento de grande alegria para todos nós. Além de ser o encerramento do mês da família, é o dia de batizado do Saulo, no exato dia em que ele completa 6 meses de vida e sorrisos.
Aproveito esta data para fazer algo que já deveria ter feito faz tempo.
Agradecer.
Mas agradecer simplesmente não é a questão deste breve depoimento, mas sim de tentar demonstrar o quanto Deus é bom e o quanto ele age em nossa comunidade.
Agradeço a Deus pelos meus pais. Eu dou graças a Deus por ter nascido nesse lar. Não gostaria de ter nascido em outro, pois fui e sou feliz sendo filho deles – Dona Sulamita e Seu Aurélio. São pessoas adoráveis e que sempre, do jeito de ser deles, devotaram ao filho único todo o amor incondicional que os pais devem doar aos filhos. Amo vocês, meus pais e espero ser para meus filhos pelo menos igual ao que vocês foram para mim.
Agradeço a Deus pela minha esposa. Tem dias que penso que não mereço uma esposa tão boa, tão virtuosa quanto a que Deus me deu. Sei que muitas vezes não correspondo às suas expectativas. Falho com ela, mas peço a Deus que a abençoe muito e que ela continue sendo exemplo de mulher, companheira e mãe como é. E que continue tendo paciência comigo.
Agradeço a Deus pelos meus sogros, afinal, sem eles não teria minha esposa! São pessoas especiais. Tementes a Deus. Exemplos de fé para mim e para toda a comunidade.
Agradeço a Deus pelo Natan. Meu primogênito. Através dele nasceram um pai e uma mãe. Uma avó e um avô. Outro avô e avó tiveram seu segundo netinho. Ele concretizou um sonho de família, realizando o milagre da vida em um momento todo especial em clara resposta de Deus aos pedidos de um casal ansioso e ávido por ter um filho. Ele realizou e continua realizando em sua plenitude a paternidade. Quando em uma vigília de pentecostes abrimos nossos corações a Deus, pedindo unicamente que fôssemos pais, da maneira que fosse possível, Deus nos encaminhou Natan, uma semana após a vigília. Quem teve oportunidade de ler o livreto da Sandra sabe da história e não vou aqui repeti-la. Natan é a confirmação de que Deus age, de que Deus ouve e Ele atende às nossas orações. Pode não ser no nosso tempo ou da forma que queremos, mas Ele nos responde e nos atende, sempre para o nosso bem.
Agradeço a Deus pela comunidade de Salgado Filho. Nesses nossos quase quatorze anos de casados sempre tivemos diversas demonstrações do carinho que essa comunidade tem por nós. Pudemos sentir esse carinho totalmente externado quando Natan nasceu. Pudemos sentir esse carinho quando Sandra e eu perdemos dois bebês que foram gerados por meio das técnicas de inseminação artificial. Mas, principalmente, no dia a dia da igreja esse carinho e o conforto que nos proporciona foi sentido por nós e digo sem sombra de dúvidas que foi fundamental para nossa caminhada. Novamente pudemos sentir esse carinho com a chegada do Saulo, com as orações pela recuperação dele pelos problemas que apresentou após seu nascimento, com as mais diversas demonstrações de todos, desde o mais novo até o mais experiente pela alegria de sua chegada e de sua recuperação.
Agradeço a Deus pelo Saulo. Ele, digo com plena certeza, é a concretização de um milagre em nossas vidas. A manifestação do agir de Deus. As possibilidades de ele vir ao mundo por meios naturais eram pequenas. Entendíamos que tais chances eram praticamente zero. Nós havíamos tido uma gravidez interrompida em novembro de 2006, gravidez que não se desenvolveu. Estávamos muito tristes e até descrentes, Natan triste pela perda do irmãozinho que ele tanto queria. Freqüentávamos a Igreja, mas sem o mesmo ânimo e envolvimento. Certo domingo, não lembro quando, em um culto à noite ocorrido no mês de fevereiro, o Pastor que pregava, não tenho certeza se era Gilberto ou outro, abriu o momento das confissões e eu conversei com Deus em tom desafiador. Disse eu a Deus – “Deus, se existes, prova-me fazendo com que a Sandra engravide sem qualquer tratamento, em um período de 1 mês”.
O tempo passou. Nada ocorreu, pensava eu. A Sandra não sabia dessa minha conversa com Deus.
Em junho planejávamos novo tratamento para engravidarmos. Sandra comprou o remédio para menstruar e deixar seu útero pronto para a gravidez. Nada aconteceu. Não “desceu nada”. Que estranho! Ela ligou para o médico e ele disse que poderia demorar até dez dias para que o remédio fizesse efeito. Das outras vezes que ela havia tomado o remédio, o efeito tinha surgido muito mais rápido. Ela, sem falar nada comigo, resolveu fazer um exame.
Quando fomos buscar o resultado, ela só me pediu para levá-la à Betânia e quando paramos em frente ao laboratório é que ela falou o que tínhamos ido fazer lá. Ela pegou o exame e ao abrirmos o envelope a surpresa foi enorme. Um resultado acima de 15.000 unidades que era muito superior ao índice que apontava o positivo para gravidez. Mas ainda não acreditávamos plenamente no ocorrido. Marcamos consulta com o médico dela para o primeiro horário disponível. Ao chegarmos à consulta, Dr. Giovane perguntou se estávamos brincando com ele, pois a barriga da Sandra apontava sinais de uma gravidez de 4/5 meses aproximadamente. Colocou o aparelho para ouvirmos o coraçãozinho dele batendo forte, em um som maravilhoso e harmonioso que nos encheu os olhos de lágrimas.
No dia seguinte fizemos o ultrassom e já vimos pela primeira vez o neném, que estava forte e já no primeiro momento, sem qualquer cerimônia, fez questão de se mostrar como um garoto. Como disse o Natan, o meu Segundogênito.
Cinco meses decorridos depois desse susto Saulo nasceu, em 25 de novembro de 2007, às 7:55 horas, no hospital Vila da Serra. Nasceu novalimense, com 49,5 cm de estatura e peso de 3,125 Kg. Mas Deus nos proporciona emoções que vão muito além de nossos pensamentos. Saulo apresentou uma pneumonia congênita que acarretou uma internação de 21 dias. Foram dias que não entendíamos muito o que ocorria. Novos questionamentos surgiram – Por que Deus faz isso conosco? Proporciona-nos momentos de plena felicidade e depois nos cria essa ansiedade pela idéia de não sairmos com o bebê do hospital. Mas mantivemos nossa fé. Nos 21 dias necessários ao tratamento do Saulo, Natan ficou muito triste se sentindo sozinho, pois não entendia bem o que estava ocorrendo e os pais não estavam em casa e nem o tão esperado irmãozinho. Conversamos muito com ele. Mas foi somente quando ele foi ao hospital visitar o irmão foi que entendeu o fato.
A Igreja orava pela recuperação de Saulo e, Graças a Deus, Saulo mostrou sua força. Arrancou sozinho o oxigênio que estava em seu narizinho. Saiu do hospital bem. Já demonstrava durante o tratamento a que era submetido que estava se recuperando, pois se desenvolvia em peso e em estatura.
A primeira coisa que fizemos assim que ele saiu do hospital, depois de vir para casa, foi trazê-lo aqui em Salgado Filho. Confesso que quase chorei ao passar pelo portal de entrada. Quando Samuel nos chamou à frente para mostrar o Saulo à Comunidade e agradecer pelo restabelecimento dele foi outro momento de grande emoção e demonstração do carinho de vocês para conosco.
Por isso, amados, digo a vocês que Deus age aqui em nossa comunidade. Pessoas podem ter saído daqui com a falsa desculpa de que aqui nada acontece, que não falamos em línguas, não fazemos uma série de coisas que outros fazem. Mas serão essas manifestações as mais importantes?
Deus faz aqui. Saulo é prova disso! Natan também é prova de que Deus nos atende às orações! Eu experimentei o milagre de Deus através de meus filhos! Eu creio em milagres, pois a cada dia convivo com duas graças de Deus para comigo.
Agradeço a Deus por este momento e pela vida de cada um que de alguma maneira está presente na vida do Saulo, do Natan e de toda a minha família.
Obrigado à Igreja Metodista em Salgado Filho pelo carinho por nós.
Obrigado, Pai Celeste por esta comunidade de fé e pela vida! Celebremos a vida!
Marcelo Soares de Castro

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Relato de uma "Tentante"

"Quero contar a minha história... hj de sucesso.
Meu nome é Lili, tenho 35 anos. sou casada e hoje muito mais feliz...
Quando completei 28 anos decidi que estava na hora de formar uma família maior... Casei aos 25, tudo muito simples, mas inesquecível.
O Bebê viria para completar a nossa felicidade...
Parei o anticoncepcional, passou um mês, dois, cinco... E nada acontecia. Resolvi procurar meu ginecologista para fazer uma avaliação melhor.
Fui informada de que não havia nada de errado e que de repente poderia ser infertilidade do meu companheiro. Ele ficou furioso, mas feitos todos os exames constatamos que com ele estava tudo normal.
Depois de alguns tratamentos com medicação, engravidei...
Felicidade maior não existia...
Então na ultra alguma coisa não estava bem, não escutamos o coração.
Mais alguns exames, uma nova ultra e descobrimos que não havia Bebê, embora o saco gestacional estivesse lá. Não entendi como isso acontecia e muito menos como foi acontecer comigo.
Resolvi então buscar ajuda especializada, mas só depois de quase dois anos.
Não foi agradável ter escutado que eu sofria de Infertilidade. Fiquei arrasada, me sentia como uma árvore seca, que não era digna de produzir frutos...
Minhas primas mais jovens engravidaram, minhas vizinhas, pessoas que eu gostava, pessoas que eu não gostava, gente que sabia que não seriam boas mães...
Que raiva!
E então todos decidimos pela fertilização in vitro , toda a preparação, medicação, tortura psicológica, ansiedade...
Resultado final: Negativo. Tive vontade de sumir. Mandei meu marido sumir. O coitado teve uma paciência...
Dessa vez me preparei melhor. Busquei ajuda de uma psicóloga, me consultei com nutricionista e me preparei por mais um ano. Dessa vez muito mais tranqüila optamos pelo mesmo tratamento.
Escutei muita coisa boa, muita coisa ruim e decidi que era isso que eu realmente queria, mas não ia ficar neurótica com o resultado.
Hoje, depois dessa segunda tentativa não estou mais no sonho. Vivo uma realidade maravilhosa...
Afinal, Nós conseguimos o nosso bebê."

Escrito e cedido por Liliana

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Dia de Festa


O batizado foi como uma festa, foi LINDO demais.
Meu filho de 7 anos tocou flauta e violino com um primo. O que foi batizado, sempre muito calminho, deu o maior show: chorou um tempão, parecia até que estava com dor, mas, imaginem... era puro sono, chegou em casa e dava gargalhada.
E o nosso choro de emoção? Lógico que teve. Tem até fotografia para provar. Haha.

Para dar água na boca, aí vai um trecho da segunda edição do livro, mas como falei, preciso dos comentários de quem leu:
"A emoção é indescritível. O médico colocou-o em meus braços e o pai acompanhava tudo de perto. Ele teve o prazer de levar o neném para o berçário e assistir ao primeiro banho. Todos estavam radiantes e meu filho estava muito feliz por ter nascido seu irmãozinho."

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Batizado do Milagre


No próximo domingo meu segundo filho, o milagre biológico de Deus, estará fazendo 6 meses.
Aproveitaremos o momento para realizarmos seu batizado, será a maior festa...
O pior de tudo é que não tenho maquiagem à prova d´agua. Pra que? Com certeza, será a maior choradeira. Eu e meu marido ainda não falamos em público sobre os detalhes de nosso milagre e muito menos sobre o stress da permanência dele internado ao nascer.
Meu marido escreveu um texto para ser lido no dia. Lido? Lógico que por outra pessoa, pois não conseguiriamos chegar nem na metade do texto, de tanta emoção. Hoje fui ler o rascunho e chorei só de ler, imagina na hora, com todo o clima propício. Haha.
Louvado seja Deus por mais esta bênção.